quarta-feira, 11 de março de 2009

Hoje foi um dia estranho.

Fui no clube mas esqueci o bíquini em casa, perdi o ônibus experimentando roupas que eu não comprei, tomei café sabor detergente, falei coisas idiotas com um réporter da TV Assembléia que queria me entrevistar na Savassi, deixei scrap prum desconhecido pedindo links pra Download de músicas e quase quis chorar na aula em pleno Martinho da Vila nas alturas - é ele e o desprezo e a sensação mais óbvia e dolorosa de inferioridade.

Tô levando a sério demais minha novela das 6. Só pra fugir da realidade de amores possíveis. Mas o envolvimento emocional de fato me dá frio na espinha de pavor e não posso evitar. Por enquanto não posso. Talvez, se um dia ele se interessar por mim, eu me apavore, queira fugir desesperadamente para qualquer lado onde eu encontre apatia e indiferença. A não realização desse romance de alguma forma me conforta. E constatar isso me revolta. Revolta a minha covardia. O meu coração à sete mil chaves, buscando saídas pra se esconder e se realizar com o utópico de maneira única e simplesmente fantasiosa.
E eu fico aí, me gabando de uma liberdade mentirosa. Que nada, tô presa aos meus traumas e ao meu medo.

Mas talquei, gente. Tô mesmo muito nova pra essa história de namoros sérios e eternos. No forró, dia desses:

- Quer namorar comigo?
- hahahahaha. Não!
- Não?! Por que não?!
- Tô muito nova pra essa história de namorar.
- Mas quantos anos vc tem?
- 23.
- E se acha muito nova pra namorar?
- Sim, muito nova. Vou ali no banheiro, meu caro.

Mas talvez eu esteja muito velha pra amores platônicos à la menina de primário.

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