quinta-feira, 9 de abril de 2009

Trófeus

Quando conversamos, 8h da manhã, eu sonolenta e temerosa, com as mãos suadas de nervosismo, a cabeça vazia, o cansaço me consumindo e a fala lenta; ela agitada, dinâmica, ativa, mil idéias. Eu, insegura e com um entusiasmo, que eu sei, não consegui demonstrar, balançava a cabeça consecutivamente em concordância com tudo. Os planos, o cronograma, o projeto. Que bom! Então tenho uma orientadora. Um orientadora membro do CODEX, fodona, mega ultra master super competente, dedicada e presente. Então eu sai da sala aos sorrisos, me controlando pra não saltitar corredores afora de alegria, com o coração aos tropeços, e uma noção tão grande de realização, alívio, segurança. Tão feliz que até cumprimentei a faxineira no banheiro - eu, que nunca sei das pessoas ao meu redor, que nunca olho, reparo, converso e percebo ninguém - depois morri de rir da minha demonstração de estar fora de mim, abduzida por uma alegria sem tamanho. Sim, porque notar que existe uma pessoa no banheiro (obstáculo 1), desconhecida (obstáculo 2), às 8h da matina, horário que permaneço dormindo mesmo consciente (obstáculo 3), olhar pra ela (obstáculo 4) e cumprimentá-la (obstáculo 5 - nível advanced) é todo um processo complexo que não faz parte de mim, definitivamente ( e sim, infelizmente).
Sorridente lá fui eu até a biblioteca pesquisar sobre os temas pertinentes à minha futura dissertação (aí meu deus, me dá orgulho demais falar isso. e é bom curtir mesmo esse orgulho, porque depois tudo vira estresse e pavor). Com a correria de aulas, trabalhos, laboratório, projeto, aquela sensação foi morrendo em mim. Então, quando cheguei em casa e verifiquei meu saldo no banco, vi que minha bolsa tinha sido depositada. E de novo, senti muito orgulho e realização - eu fui dona dessa conquista. Eu mereço tudo isso. Eu mereço essa felicidade. Abri mão de mil coisas, publiquei, estagiei por mais de 1 ano, quase morri de estudar e corri átras disso com uma obstinação cega e absoluta. E ganhei um monte de coisas. Serve eternamente de exemplo pra mim e me faz perceber quantas conquistas ainda me aguardam lá na frente. Porque posso, consigo, me esforço, me esfolo e me mato, aí, no final de tudo, eu agarro o meu trófeu nas mãos, cheia de amor por mim e pelas minhas vitórias. E hei de conseguir muito mais. =)

Nenhum comentário:

Postar um comentário