terça-feira, 29 de março de 2011

viver a vida na prática

Deve ter um jeito de conciliar razão com emoção. Deve existir alguma maneira de agir apenas de acordo com a emoção e depois não ser devastada pelas consequências desse ato. Ou eu deveria abolir minha emoção? Agir pela razão e pelo bom senso sempre, sempre, sempre, até virar um robô? Não sei. Por que acho que não deve ser bom ser um robô mas, sei também que não é fácil lidar com as consequências de atos impulsivos e 100% baseados no sentir, no desejo, na vontade. Ok, eu sei que eu deveria encontrar algo chamado de meio-termo. Mas nunca encontro. Nunca.

Tem que existir um jeito de ser mais fácil, de problematizar menos, de sentir menos culpa, de deixar tudo mais simples e natural. E eu precisava descobrir aonde começa e termina a verdade - aquela que não sofre a contaminação de influências alheias, da emoção exacerbada, das expectativas, das ilusões, do masoquismo, da auto-sabotagem, do vício em auto-culpabilização, do moralismo e dos traumas.

Parece que o mundo é meio embaçado e confuso por aqui. A teoria é linda: funciona, é prática e objetiva, se baseia em tantos e ricos fundamentos. Não tenho nenhuma modéstia ao afirmar que sou ótima na teoria. Mas pra mim, viver a vida na prática, é umas das coisas mais difíceis da Terra. Pois além de ser humana, e ter, portanto, toda essa complexidade que confunde e complica tudo, eu sou mulher, de tal forma que essa complexidade se torna cerca de 100 vezes maior (e 100 vezes mais dolorosa).

Mas tem que existir o bom senso, o meio-termo e a verdade, pra tornar tudo mais fácil. Tem que existir. Em algum lugar, tem que existir. Preciso descobrir aonde encontrá-los. E eu vou. :)

Nenhum comentário:

Postar um comentário