sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Sem cérebro demais

- marina, vc vai pensar sobre isso que você fez e depois conversamos, tá?
- mas eu não fiz nada sozinha. e além do mais, estou cansada de pensar. não vou mais pensar.

Saí do carro. Cansada. 4h30 de conversa. Foi exaustivo. Não cheguei à conclusão nenhuma. E eu sei, eu sou muito esquisita, contraditória, complicada e sim, vc tem razão, tb tenho algum tipo de transtorno de atenção, mas dessa vez não houve uma palavra sua que me escapasse aos ouvidos. Mesmo assim, entendi bulhufas, me confundi mais ainda (seria isso humanamente possível?) e chutei o balde. Achei um saco essa falação, essas explicações sobre nada que não chegam a lugar nenhum, a pose, o jogo, as indiretas, a vontade, a repressão, os risos de nervoso e os comentários sobre coisas externas só pra ignorar a existência de nós dois e essa historinha chata por demais. Encaremos a verdade. Eu te quero, vc me quer, vamos lá. E é claro que tem muitas questões sérias, relevantes e impactantes que envolvem simplesmente ficar com você, mas eu estou cansada delas. Estou cansada de mim. Essa bagunça toda que eu faço da minha vida e, brevemente, fiz da sua. Eu também pensei o dia todo sobre o erro que poderia ser ficar com vc, mas não deixei que esses medos tomassem conta de mim e controlassem meus desejos, instintos e vontades, como eles sempre fazem. Eu já me arrependi o suficiente durante quase dois meses por permitir que minha razão repudiasse por completo minhas emoções e, sinceramente, não estou disposta a deixar isso acontecer de novo. Estou em busca de um meio termo. Estou tentando ser menos rôbo e mais gente. Mais mulher. Mais eu, de verdade. Sem tentar me enganar na ilusão de ser algo que eu não posso, não quero ser. E bom, estou vendo meus limites. O que eu suporto, até quando, porque e em nome de que. Ação e reação. Sem cérebro demais.

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